Terça-feira, 5 de Setembro de 2006
Esta coisa de ter crescido já em Democracia, deixou-me com algum defeito genético para compreender o Medo. Oiço na sic notícias um senhor de bigode a falar pela Fenprof , daqueles que deve dar tantas aulas como eu, preocupadíssimo com a avaliação dos professores e o papel que os pais possam vir a ter nessa avaliação. Tanto medo, tanto receio...só posso desconfiar que o senhor é um incompetente e tem receio de perder o lugar. Esta gente vive fora do mundo real. Para eles avaliação, resultados e sucesso escolar são palavras proibidas.
Numa altura em que tanta coisa interessante deve ser discutida na Educação, estes senhores apostam em mandar-nos areia para os olhos e em continuar a fabricar instabilidades e turbulências. Continue Sra. Ministra, não volte atrás nem uma virgula.
sinto-me:
De Pedro Santos a 14 de Setembro de 2006 às 11:29
Primeiro vou tecer um comentário que pode parecer ostensivo e agressivo, mas aqui vai: não se deveriam permitir comentários anónimos, independentemente do sitio que seja, pessoal ou institucional. É tão fácil escondermo-nos atrás do anonimato. Quando estamos convictos daquilo que dizemos e escrevemos, devemos faze-lo de peito aberto e de espírito livre. Os pais não percebem o comportamento dos professores, dizem que são autoritários e não ouvem o que lhes dizem. Digam-me, quando estamos certos daquilo que fazemos, aceitamos a crítica dos nossos pares, de quem possui competência técnica, e esses são os outros professores, e nem todos. Cada ciclo de ensino possui a sua especificidade, e não basta ser professor para se saber tudo. Dizem que a Ministra está a fazer um excelente trabalho, mas eu vejo que ela é professora universitária, uma realidade bem diferente do 1º ciclo, no outro lado do espectro do ensino. Poderão dizer que na sua equipa estão docentes dos vários níveis de ensino, mas a cabeça mandante tem ideias próprias, e as que estão por baixo conduzem a política de maneira a satisfazer essas mesmas ideias. A discriminação positiva dos professores deve ser um facto, mas os critérios devem ser objectivos e claros, respeitando os pressupostos das leis de trabalho nacionais e europeias. Ouvi um representante da CONFAP arguir que os professores não comparecem às actividades propostas por eles fora de horas ou ao fim-de-semana. Mas antes de ser professor, também sou pai e marido, também tenho deveres familiares, e não devo criticar quem não se predispõe a trabalhar fora de horas. Quem quer vai, quem não quer não vai, mas daí a podermos ser avaliados por essas presenças...
Que outros mecanismos dispõem os pais para avaliar os professores:
- faltas - não é necessário, existem os livros de ponto;
- sucesso escolar - não é necessário, existem as estatísticas;
- simpatia - perigoso, depende do prisma de quem olha;
- rigor e competência - existem os mecanismos da escola;
Então, de que forma vão ser avaliados os professores pelos pais? Gostava de saber para poder contrapor.
De
uma E.E. a 15 de Setembro de 2006 às 22:34
Pedro,
Irei dar-lhe esses elementos, mas nesta semana o tempo foi terrivel, passou num instante, e não tive tempo nenhum para dedicar a este espaço.
Aliás, até aproveito para referir que tenho uma série de comentários de professores com ideias contrárias às minhas, que andam a pensar que não os publico apenas porque divergem do meu pensamento, mas não é por isso. Ainda não os publiquei porque, como lhes quero responder, não tenho tido tempo. Espero que aqui "nos encontremos" quando tal fôr possivel. Obrigado.
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