Segunda-feira, 17 de Julho de 2006
Não, não me vou sentir mal se algumas almas me confundirem com um "espírito neoliberal " ou qualquer outro epíteto do género, pois sei muito bem de que massa sou feita.
Apenas acho que se passamos a vida a levantar os dedos (indicador ou o médio, conforme o ânimo ) a alguns políticos, porque não nos facilitam a vida, então apetece-me prestar "um tributo" aos que me ajudam... e este Ministério da Educação tem-no feito.
Quero falar do preço das refeições (almoços) no 1.º ciclo da escola básica.
A escola frequentada pela minha criança, servia os almoços, fornecidos pela Santa Casa da Misericórdia, a um preço que nada tinha de misericordioso. Era coisa para uns € 2,25 cada refeição. Ora façam as contas...
No ano lectivo que agora terminou, graças ao Despacho n.º 22/251/2005 , este Ministério fez com que a mesma refeição, com a mesma qualidade, passasse a ter um custo de € 1,34! Significa que reduziram os custos em 40% !
Além disso, este trabalho da Sra. Ministra, veio garantir o acesso ao fornecimento de refeições à generalidade dos alunos do 1.º ciclo, sendo que anteriormente a maioria dos alunos do 1.º ciclo nem tinham acesso às refeições escolares!
Por estas e por outras é que ultimamente me falta a paciência para ouvir alguns professores, alguns sindicatos dos professores e alguma oposição. Alguém ouviu uma palavra de constatação do trabalho bem feito? Eu não. Até parece que é comum neste país termos Governos que, de um dia para o outro, nos baixam o custo de alguma coisa...(sobretudo em 40%).
Só que, neste caso, nem estamos a falar de uma coisa qualquer. Por isso escuso-me a tecer comentários sobre a importância deste assunto...a importância das refeições para o sucesso escolar, etc., etc. É caso para perguntar a quem ficou calado com estas mudanças: - são só patetas ou também são anorécticos ? Os Srs. não almoçam?
Nota: Para quem me escreveu a perguntar se não achava caro €1,34 para um almoço (ai..eu) informo que existe uma coisa chamada Acção Social Escolar e que vigora em todo o território nacional...(!)
sinto-me: